30 de outubro de 2022

Marca de Portugal #56

Porque não terminar a semana com uma Marca bem portuguesa? E se incluir passeio, o que me dizem? Eu alinho no passeio de moliceiro. Já andei algumas vezes e adorei! As pessoas com quem me cruzei são muito simpáticas e prestáveis, já para não falar da viagem em si. Tranquila. Bonita. E com tanto para ver!

Quando voltar a Aveiro e se estiver bom tempo, sou capaz de lá voltar! E vocês?

Aveiro

Já alguma vez fizeram um passeio deste género?

ass

25 de outubro de 2022

Mais marcadores! #78

Se vos desse a escolher preferiam o Porto ou Lisboa? Se calhar diriam: “depende”. Depende da situação em si. No meu caso, para fazer compras, adoro Lisboa, para passear prefiro o Porto. Apesar de ter muita gente, na minha opinião, é uma cidade (relativamente) mais calma. E eu gosto disso. Por isso, os dois marcadores que vos mostro hoje são… do Porto.

O primeiro representa (e bem!) a Ponte D. Luís IV, já o segundo a famosa Ribeira do Porto em “estilo desenho”. Um dos lugares mais típicos da cidade.

Porto

Porto

Se tivesse que escolher, optaria pelo segundo, só por ser mais colorido!

E vocês, qual escolhiam?

ass

22 de outubro de 2022

Colecionadores do mundo #4

Recentemente convidei a querida Matilde Ferreira, autora do blogue "Cantinho da Tily", para fazer parte desta rubrica (obrigada querida!)! Ela, simpaticamente aceitou e, por isso, hoje falo-vos das suas coleções. Vamos a isso? 

 

  1. Consideras-te uma “Colecionadora do Mundo”, porquê? 

Penso que sim :) Porque adoro colecionar objectos dos sítios que visito. :) 

 

  1. O que colecionas neste momento? 

Olha faço de tudo um pouco, desde funko pops que comecei a fazer quando vim para o Reino Unido pois fizemos uma subscrição da GeekBox, faço de globos de neve, de imans e postais do Postcrossing. 

 

  1. Há quanto tempo fazes esta/s coleção/coleções e quantos elementos tens em cada uma? 

Ora bem, eu comecei a fazer estas coleções desde que estou a viver aqui no Reino Unido mas sempre gostei muito de fazer coleções :) Em miúda fazia de folhinhas de cheiro entre outras coisas :) Quanto a quantidades as fotografias em anexo falam por sim :D 

 

  1. O que motivou esta escolha? 

Acho que o motivo deve-se a eu ser um pouco geek :D 

 

  1. É fácil encontrar “peças” para a tua coleção ou nem sempre? 

Bem por acaso neste momento é fácil pois encontras funko pops na Amazon, encontras imans um pouco por toda a parte aqui na ilha, e não só, quando vou viajar encontro sempre lembranças do sitio onde fores,  e também encontras globos de neve em todas as lojas pois são objectos que os britânicos gostam muito. :) 

 

  1. Já alguma vez desististe de uma coleção? Em caso afirmativo, porquê? 

Olha agora que falas nunca consegui completar cadernetas de cromo :D Ah espera completei a da Caderneta de Cromos do Nuno Markl porque vinham os cromos todos juntamente com a caderneta na altura da compra :D 

 

  1. No futuro, pretendes continuar a dar-lhe seguimento? 

Se continuar a encontrar objectos que me agradem para as coleções, porque não? :D 

 

  1. Por fim, o teu filho também já apanhou “o teu gosto” por coleções?  

Ele adora legos e já tem uma boa coleção deles :) 

 

Funko pops

Funko pops

Funko pops

Imans

Postais

Postais

Postais


Obrigada querida Matilde pela tua participação, adorei as tuas coleções!

E vocês gostaram de as conhecer?

ass

20 de outubro de 2022

Pessoas inspiradoras #1

Hoje iniciamos uma rubrica nova! Muito inspiradora! Como podem ver pelo nome, convidarei pessoas que realmente me inspiram por variados motivos e que quero que conheçam um bocadinho da sua história. A primeira é a Joana Feliciano, uma pessoa com tanto por contar e descobrir!

Vale tanto a pena ler a sua entrevista. Vamos a ela?

1. Para quem não te conhece quem é a Joana Feliciano, de forma resumida? 

Sou uma Sonhadora Praticante que age com o coração e cérebro alinhados.

Nasci no dia que mais me assenta e o celebro todos os dias – 10 de Dezembro, “Dia Internacional dos Direitos Humanos” no ano de 1991. Cresci dentro da natureza e numa família modesta na aldeia de Vila Nova no concelho de Tomar. O meu espírito desassossegado e uns quantos bichos carpinteiros já me levaram nos últimos anos a viver por diferentes períodos de tempo e por diferentes experiências e fase de vida em Istambul, São Tomé e Príncipe e Lisboa.

Sou licenciada em Relações Internacionais (ISCSP - Universidade de Lisboa e Fatïh University - Istambul), Mestre em Marketing e Pós-Graduada em Gestão de Marketing, Comunicação e Multimédia (ISEG – Universidade de Lisboa).

Já ultrapassei o marco dos 10 anos de experiência enquanto profissional de Marketing & Comunicação dentro de empresas multinacionais desde as Tecnologias de Informação, Retalho, Recursos Humanos, Hotelaria, Turismo, ao Imobiliário, e em Associações sem fins lucrativos.

As problemáticas do mundo inquietam-me e como tal não sou capaz de ficar indiferente ao que prejudica o bem comum e vitimiza os direitos e a dignidade humana. A essa inquietude juntei a minha curiosidade e o meu modo de estar focado no “fazer” onde em equipa fundei e dirigi organizações do Terceiro Setor. Movo-me enquanto ativista voluntária em várias missões nacionais e internacionais (i.e. São Tomé e Príncipe, Grécia), sou formadora e mentora em projetos de empreendedorismo, essencialmente sociais. À data que respondo sou responsável de Comunicação e Alianças Estratégicas na Portugal com ACNUR, parceiro nacional da Agência das Nações Unidas para os Refugiados.

Acredito na colaboração como forma de fazer evoluir as pessoas, as comunidades e o mundo. Adoro fazer networking por isso convido, quem tiver interesse, em conhecerem o meu espaço digital https://www.joanafeliciano.com/ para conversarmos.


2. És jovem, mas já tens mais de 10 anos de experiência na área de Marketing e Comunicação. Assim, quais foram as maiores aprendizagens que guardaste ao longo destes anos de “carreira”?

Listo algumas das maiores aprendizagens que trago dos contextos profissionais, mas acima de tudo das pessoas que os compõem:

- Aprender a dizer ‘não dá’ seja a quem está hierarquicamente por cima ou ao mesmo nível, ainda estou em contínuo processo de aprendizagem neste;

- A carga quando partilhada custa menos a carregar – seja o trabalho, as dores ou a escuta ativa;

- A vulnerabilidade será sempre um ato de coragem que nos faz descer ao mesmo nível, nunca deve ser utilizada como “arma de arremesso”;

- Às vezes é preciso ver com um olhar mais demorado para quem e o que nos rodeia;

- A medição de egos atrapalha mais do que ajuda aos resultados;

- O “diz que disse” é a doença do século, perde-se muito tempo a alimentar a negatividade. Para mim desejar o mal envenena o bem, não gosto;

- Mais líder é quem tem a habilidade de escutar, empoderar e a humildade de aprender;

- “Tirar” tempo para celebrar as conquistas individuais, da equipa ou dos outros nunca é “tirar” mas sim somar.


3. Como foi/é trabalhar com Associações com a WACT, UBUNTU UNITED NATIONS, HEForShe, entre tantas outras? O que mais gostaste? O que achas que se pode melhorar no futuro de forma prática nestas entidades? O que nós, “público” podemos fazer pelos outros?

O que mais gostei é transversal a todas as organizações e projetos por onde tenho passado e em grande parte deles mantenho-me: as pessoas. Falo dos profissionais, das equipas de voluntariado, dos beneficiários, parceiros… há imensas pessoas que nos restauram constantemente a fé que alimento no bom e bem da humanidade.

Para apontar humildes sugestões de melhora prática nestas ou noutras organizações seria injusto da minha parte fazê-lo sem maior contexto e mais ponderação. No entanto posso apontar algo prático que constantemente digo no setor social: mais partilha, mais colaboração e menos quintas de cercas fechadas e olhos pregados no umbigo. Seja neste contexto social, seja na sociedade no mais banal do dia a dia. Nem sempre é fácil, eu sei, mas muitas vezes o trabalho em rede é chave para que todas as gotas se juntem para fazer a onda no oceano que se pretende alcançar com impacto social.

O que a sociedade civil, o “público”, pode fazer? Levantar mais vezes os olhos do ecrã, refletir e tomar a decisão de que não quer ser apenas mais um no passar de mais um dia. Tomar as rédeas e contribuir na causa que mais lhe faça inquietar o desejo pela mudança positiva para o bem comum. Em termos práticos? Informemo-nos mais, doemos mais, façamos voluntariado com verdadeiro sentido de compromisso e responsabilidade, sejamos mais na vida de quem gostamos e de quem gosta de nós. Amanhã pode já não o ser.


4. Além destas Associações, há uma outra que ocupa um lugar muito importante na tua vida e no teu coração. A Solo Adventures, da qual és fundadora. Como surgiu a ideia de a criares? De que forma se distingue das restantes?

Lembro-me de estar com amigos próximos na cozinha da minha casa minúscula arrendada em Lisboa, a fazer desenhos imaginários na porta enquanto tentava acompanhar a minha própria explicação de uma ideia que tinha. Começava com: uma comunidade de Sonhadores Praticantes, com três pilares – pessoas, projetos, partilha. Esta foi a ideia base, depois surgiu na minha cabeça as 3 montanhas – que hoje em dia estão na nossa marca, a representar os tais pilares que uns meses mais tarde se converteram na nossa metodologia de prática: autoconhecimento; autorrealização; ligações interpessoais.

O nome já o tinha “Solo Adventures” porque remetia para um universo imagético de viagens, muitas pessoal pensavam que estava a fazer um blog de viagens, mas eu gostava desse engano porque permitia-me fazer o twist de que ali as viagens eram as pessoas.

Comecei por ter os canais digitais partilhando histórias e lições de vida de pessoas comuns que faziam de tudo extraordinário na esperança de inspirar que a mudança pode estar a uma história de vida de distância e publicava alguns artigos complementares de reflexão e de desenvolvimento pessoal.

À medida que mantinha o digital para ganhar presença na vida de quem se identificava e se juntava à missão comecei a estruturar a missão, valores, visão, projetos e tudo o que tinha na minha cabeça para um papel repleto de esquemas e desenhos.

Depois foi começar a partilhar em conversas, a convidar pessoas a acreditarem e a seguirmos caminho. Fizemos os nossos primeiros eventos físicos, depois digitais e a bola de neve continuou a rodar até chegarmos a uma casa de cerca de 50 voluntários de várias partes de Portugal e até de outros países de língua portuguesa. Já não estávamos só, nunca mais estaremos sós a trabalhar o desenvolvimento humano, bem-estar e saúde mental. Somos os que acreditam que o nosso propósito é ajudar mais pessoas a encontrarem o(s) seu(s).

Numa perspetiva de distinção como questionas podemos colocar desta forma: a Solo Adventures olha para o universo do desenvolvimento pessoal e as suas áreas similares com um foco na partilha e na criatividade. Gostamos e não temos receio de sonhar, testar, praticar, ajustar e repraticar. Gostamos de trabalhar em rede e colaboramos seja com outras organizações e/ou com profissionais de diversas áreas para alimentar uma perspetiva de diversidade. Os nossos projetos: “Partilhas Sonhadores Praticantes”, “Academia Sonhadores Praticantes”, “Networking para a Mudança” e “Gratidão Social” desdobram-se em várias iniciativas regulares e pontuais (e.g. eventos digitais, caminhadas, jantares presenciais, formações, mentorias, capacitações, ebooks, áudio artigos, etc) para que qualquer pessoa que se interesse sobre os temas que tratamos possa escolher qual o tipo de ferramenta que contribui mais para o seu autoconhecimento e desenvolvimento. Ninguém é chapa 5 por isso nós temos de ser versáteis.


5. Dentro da Solo Adventures (entre outras funções) também tens um papel muito ativo no projeto (Re)Abrigar Novos Horizontes em que trabalhas com os utentes voluntários da Associação Vida Autónoma (AVA) o programa de desenvolvimento humano e mentoria. Como está a ser esta experiência? O que “mais levas contigo” cada vez que chegas a casa depois de uma sessão destas? 

 A estruturação do projeto “(Re)Abrigar Novos Horizontes” esteve ao meu encargo e atualmente sou voluntária com a restante equipa da Solo Adventures na implementação junto dos utentes do nosso parceiro. Este piloto está a correr bastante bem pelo feedback que temos recebido mensalmente dos beneficiários e pontualmente do parceiro. Já tivemos a notícia que gostariam de receber uma segunda edição no próximo ano, o que reforça a nossa confiança e felicidade em contribuir para o autoconhecimento, desenvolvimento pessoal/ profissional e ligações interpessoais das pessoas em situação de sem abrigo que estão connosco. Depois de cada sessão fica o meu e o nosso bem-estar de podermos contribuir diretamente para o retomar de rédeas da vida dos beneficiários. São momentos de grande partilha emocional, de tempo de escuta ativa e de mentoria para ajudar as pessoas a alcançarem os seus novos objetivos de vida.

6. Para além de tudo o que referi anteriormente trabalhas a full-time na Portugal com ACNUR na área de Comunicação. Como é trabalhar diretamente com Refugiados e com algumas situações delicadas que vão surgindo? Que pontos positivos realças desta experiência?

No passado já trabalhei em regime de voluntariado diretamente com os beneficiários em contexto de campo de refugiados. Atualmente não trabalho na linha da frente com as pessoas refugiadas, apátridas, deslocadas e requerentes de asilo, mas recebemos muitíssimos pedidos de ajuda que reencaminhamos para a resposta técnica do ACNUR e dos seus parceiros. A Portugal com ACNUR foca-se na sensibilização e mobilização de recursos para as emergências humanitárias onde o ACNUR opera para aliviar o sofrimento de quem foi obrigado a fugir da violência, conflito, perseguição e/ou catástrofes naturais em mais de 135 países.

Para mim trabalhar diariamente neste âmbito é lidar com uma realidade que não se pode ignorar, que precisa de estar presente para alertar que quem sofre, quem desespera precisa de ajuda e nós podíamos ter os papéis inversos, a qualquer momento.

Trabalhar nesta área é viver de uma forma muito consciente e grata pelo que se tem e pela oportunidade de poder contribuir para um lugar mais seguro, mais digno, mais justo e igualitário. Trabalho para um dia eu e todas as respostas sociais não sejam mais necessárias porque nesse dia ideal mais nenhuma pessoa será forçada a fugir deixando a sua vida em suspenso. Um dia em que ninguém fique para trás.


7. Por fim, quem te inspira diariamente, “Sonhadora Praticante”? O que te continua a motivar a querer fazer o bem e a ajudar os outros diariamente? 

As várias experiências de vida que tenho tido a oportunidade de agarrar têm-me reconfirmado um dos meus propósitos, algo que me move o leme da vida pessoal e profissional: empoderar pessoas e organizações. Tendo essa força motriz intrínseca metade do caminho fica feito, porque a minha automotivação mantém-se muito elevada para continuar a trabalhar para o lado bom da força que acredito que cada um de nós tem em si.

 Não tenho heróis de referência na minha vida, mas guardo o que de bom observo de cada pessoa com quem me cruzo, sejam líderes reconhecidos do grande público sejam pessoas comuns como eu. Entre muitas frases de diversos autores destaco da autoria de Madre Teresa de Calcutá que escutei num dos projetos onde estive envolvida e a qual tenho sempre visível em casa e na minha mente pois revela uma parte do que me motiva: “Não devemos permitir que alguém saia da nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.” Espero que saias um pouco melhor depois de tirares tempo para ler as minhas palavras.

Um abraço coloca sempre os corações de estranhos ou conhecidos alinhados, toma um. 


Que incrível partilha, obrigada querida Joana! Espreitem o site dela e descubram um pouco mais sobre esta "Sonhadora Praticante"!