Quando
era pequena, considerava-me uma criança “medricas” e, portanto, com pouca
coragem de enfrentar a vida. Na realidade, era apenas inocente e tinha pouca
experiência de vida.
Atualmente,
isso já não acontece. Já fiz muita coisa que nunca pensei fazer. Muitas delas
são tão pessoais que não as posso partilhar por aqui, mas acreditem (e não sendo gabarolas!), sou mesmo
corajosa. Considero-me uma pessoa forte, que “aguenta bem a dor” e com uma
grande capacidade de enfrentar tudo o que de bom (e de mau) a vida me oferece.
Uma
dessas situações diz respeito a uma
biópsia que tive que fazer por desconfiar que algo não estava bem no
meu umbigo. Tinha uma cor estranha, doía e estava inchado.
Os
médicos analisavam “à lupa” e não descobriam nada, até me mandarem fazer a dita
biópsia. Esta foi feita com anestesia local e, portanto não senti nada até…
deixar de fazer efeito. Que foi passado umas duas ou três horas. Tive imensas dores
mas aguentei. Porque tinha que aguentar, não havia volta a dar. Só passados uns
dois/três dias é que me senti melhor e, portanto, estava pronta a tirar os
pontos que ainda demoraram a sair. Acabaram por cair por ordem da natureza.
Bem,
mas o diagnóstico veio a seguir: ENDOMETRIOSE na zona do umbigo. As células em
vez de nascerem no lugar normal, nascem por fora, daí as dores e o inchaço. O
que é certo é que, infelizmente, muitas mulheres sofrem desta doença (que não
tem cura) mas não é grave. E foi graças àquela biópsia que a descobri, caso contrário
ainda estava na mesma, com dores e inchada.
Por
isso, como vêm fui corajosa em fazer uma biópsia que foi deveras relevante para
descobrir a minha doença.