Uma das memórias mais bonitas que tenho
de infância é da comida (boa) que a minha avó fazia diariamente. Assim que
chegava da escola e entrava em casa para almoçar, os meus olhos brilhavam e o meu
sorriso teimava em não desaparecer: a minha avó tinha feito a minha comida
preferida: ovo mexido com costeletas de borrego, batata frita e alguma (pouca!)
salada. A sopa existia, mas geralmente, ficava tão cheia com o segundo prato
que já não conseguia ir ao primeiro (era esperta!).
Recordo-me que o cheirinho se alastrava
a toda a casa. E que maravilhoso que era. Lembro-me também que, ao fim de
semana, havia sempre algum doce ao almoço. Pudim, farófias, gelatina ou bolo de
bolacha. Eram as opções mais habituais. Para mim, qualquer um era bem-vindo. No
que respeita às sobremesas, era (sou!) pouco esquisita.
Lembro-me ainda que a minha avó se
orientava por um livro de receitas “O Mestre Cozinheiro” sempre que
queria inovar na cozinha. Essa obra está na minha estante e já foi usada
algumas vezes. No entanto, confesso que, apesar de seguir a receita à letra, a
comida da avó tinha outro sabor e esse é inimitável.
Quais
são as vossas principais memórias de infância?